Trechos do livro:
Transformar o
mundo através de seu trabalho, “dizer” o mundo, expressá-lo e expressar-se são
o próprio dos seres humanos.
A educação,
qualquer que seja o nível em que se dê, se fará tão mais verdadeira quanto mais
estimule o desenvolvimento desta necessidade radical dos seres humanos, a de
sua expressividade.
É exatamente
isto o que não faz a educação que costumo chamar de “bancária”, em que o
educador substitui a expressividade pela doação de expressões que o educando deve
ir “capitalizando”. Quanto mais eficientemente o faça tanto melhor educando será
considerado.
Na alfabetização
de adultos, como na post-alfabetização, o domínio da linguagem oral e escrita
constitui uma das dimensões do processo da expressividade. O aprendizado da
leitura e da escrita, por isso mesmo, não terá significado real se faz através
da repetição pura-mente mecânica de sílabas. Este aprendizado só é válido
quando, simultaneamente com o domínio do mecanismo da formação vocabular, o
educando vai percebendo o profundo sentido da linguagem. Quando vai percebendo
a solidariedade que há entre a linguagem-pensamento e realidade, cuja
transformação, ao exigir novas formas de compreensão, coloca também a
necessidade de novas formas de expressão.
(Pág. 20)
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